Eu não sabia que a Geografia poderia conversar tanto com a minha rotina.
Todos os dias conheço lugares diferentes, e começo a perceber de forma clara os elementos nas paisagens e o seu processo ao longo do tempo. Visito cidades, entro em cavernas, vejo a transição da Mata Atlântica para o Cerrado, estou rodeada de rios, morros, montanhas... Fico em pousadas, vou à igrejas, fotografo flores, vejo diferentes minerais, animais, converso com pessoas diferentes.
Em Sabará, por exemplo, estava andando tranquilamente por uma ruazinha histórica com arquitetura do século XVIII (antiga Rua Direita), quando saí na maior avenida da cidade, cheia de buzina, carros, ônibus, uma loucura... Eu até me assustei tamanho foi o contraste.
Soube que por causa da mineração mais recente, o ciclo do ferro, as ruas foram alargadas para passar os caminhões. Casas antigas foram derrubadas, igrejas e chafarizes mudaram de lugar e muita coisa até desapareceu sem deixar nada pra contar a história.
Vi esse mesmo processo tendo seu início em Conceição do Mato Dentro. Ruas pequeninas e estreitas lotadas de caminhões enormes, gente de mineradora com uniformes florescentes em todas as esquinas, como se a cidade estivesse sitiada... Pobre será, a rica Conceição.
No antigo Caminho do Sabarabuçu, deu pra ver as montanhas, as igrejas, as mudanças e o contraste... Arquitetura natural, cultural e humana.
Minas Gerais é repleta de caminhos... Esse, especialmente, é muito antigo, e vai te revelar muita coisa. Sinta-se privilegiada!
ResponderExcluirNão se esqueça dos descaminhos!
ResponderExcluir