Mas foi chegando em São Paulo que entendi o que isso significa. Por mais que haja história, museus, monumentos, cultura e recursos nessa cidade onde cresci, mais fica evidente a patologia social.
Faço questão de dar um exemplo.
Há algum tempo atrás, vimos no noticiário que o Sr. Gabriel Chalita, então candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PMDB, foi denunciado por reformar uma cobertura no bairro de Higienópolis com dinheiro público e mão-de-obra pública, além de ser "desmascarado" como escritor, visto que foi descoberto que seus livros foram escritos por servidores.
Humm, isso me chamou a atenção porque a tal cobertura fica na rua da minha escola em São Paulo, o Colégio Sion, onde passamos todos os dias e identificamos o prédio. E quanto aos livros, me marcou, porque era direcionado ao público infanto-juvenil.
Agora chegamos de viagem e o Sr. Gabriel Chalita é nomeado Secretário Municipal de Educação. Em uma cidade, veja bem, que minha mãe jamais teria coragem de me matricular em uma escola pública. E não apenas pela má qualidade do ensino, mas, principalmente, pela falta de segurança nas escolas.
Então, reflito, se o que falta para o Brasil e para os brasileiros é Educação, acho que que precisamos ir mais longe, avaliar melhor a situação e termos um senso mais crítico.
Porque a Educação nas escolas, sejam elas públicas ou privadas, continuam proporcionando votos questionáveis e acesso livre a políticos de índole duvidosa ao Governo das Cidades, Estados e também do País.
Isso sim é falta de segurança!
Nesse caso, acho que a Educação Nacional, inclusive me valendo de minha experiência com os professores e diretores nas escolas por onde passei, está contribuindo para um "des-serviço" à população brasileira. Seja nos conteúdos, seja nos modelos, seja nos resultados (vide a nota 0 nas redações).
Ah, quanto ao que chamei de "patologia social", quero esclarecer que não me refiro ao Sr. Gabriel Chalita, que, aliás, não foi devidamente investigado, não foi devidamente condenado, não foi devidamente informado à população sobre a apuração dos fatos.
Refiro-me, antes, à própria sociedade, que como se estivesse viva, segue sepultada, todos os dias, para o seu trabalho escravo, com a mais antiga, tradicional e nobre das missões: a de sustentar ladrões.
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