Chafariz de São José - 1749 Tiradentes - MG |
quinta-feira, 27 de março de 2014
Reflexão de Aluno Itinerante
segunda-feira, 24 de março de 2014
Lei x Realidade = Omissão
Alguém conhece essa continha?
Pra prosseguir com os "posts" é preciso esclarecer alguns pontos. Lembra que falamos sobre LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação no começo do Blog? Então, agora vai dar pra começar a entender o motivo.
Os parágrafos abaixo fazem parte da LDB e são importantes pra entender que nem tudo que está escrito na Lei acontece mesmo na Realidade, e quando tentamos saber o motivo, as pessoas que deveriam esclarecer se escondem ou se omitem.
Vamos começar por aqui:
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. (Redação dada pela Lei nº 12.287, de 2010).
Isso acontece em sua cidade ou em sua escola?
Será que acontece na cidade de São Thomé das Letras e na Escola Estadual José Cristiano Alves?
As Letras de São Thomé
Quando cheguei em São Thomé eu ainda não tinha o Blog, mas minha mãe já havia me avisado que precisava ficar atenta, conhecer e escrever sobre um dos patrimônios mais importantes da cidade: a arte rupestre.
O nome da cidade já conta um pouco sobre sua importância. "Letras", se refere às pinturas vermelhas que são encontradas em paredões de pedra, algumas dentro da cidade, como as inscrições na gruta ao lado da Igreja Matriz, onde o povoado foi fundado em 1770 com a construção de uma capela.
Na grade curricular obrigatória do 6˚ Ano, tanto em História como em Arte, "tá" lá o assunto pra ser visto e estudado.
Escolhi esse tema pra falar sobre a cidade em todos os sentidos.
Através dessa importante manifestação humana vamos poder refletir sobre o que mudou e o que não mudou em São Thomé das Letras, pelo menos do meu ponto de vista.
O nome da cidade já conta um pouco sobre sua importância. "Letras", se refere às pinturas vermelhas que são encontradas em paredões de pedra, algumas dentro da cidade, como as inscrições na gruta ao lado da Igreja Matriz, onde o povoado foi fundado em 1770 com a construção de uma capela.
Na grade curricular obrigatória do 6˚ Ano, tanto em História como em Arte, "tá" lá o assunto pra ser visto e estudado.
Escolhi esse tema pra falar sobre a cidade em todos os sentidos.
Através dessa importante manifestação humana vamos poder refletir sobre o que mudou e o que não mudou em São Thomé das Letras, pelo menos do meu ponto de vista.
sábado, 22 de março de 2014
Os Povos da Antiguidade e Eu
Na escola nós vimos um pouco sobre os povos da antiguidade, como se organizavam e a importância dos rios pra formar uma sociedade... Cada um era de um jeito, os assírios, os caldeus, os sumérios, os babilônios, os egipícios, o bantos e etc... Mas todos tinham em comum a luta pela sobrevivência.
O que eu aprendi até agora com a Mesopotâmia e o Egito Antigo conta um pouco sobre a minha viagem, já que eu também me tornei um pouco nômade, e acho mesmo que essa minha experiência é como o Tigre, o Eufrates e o Nilo dos antigos, ou seja, água pura que me traz mais vida...
Voltando ao tema sobre transformações e permanências,
eu acho que mudamos muito, mas não mudamos tanto assim.
O que eu aprendi até agora com a Mesopotâmia e o Egito Antigo conta um pouco sobre a minha viagem, já que eu também me tornei um pouco nômade, e acho mesmo que essa minha experiência é como o Tigre, o Eufrates e o Nilo dos antigos, ou seja, água pura que me traz mais vida...
Voltando ao tema sobre transformações e permanências,
eu acho que mudamos muito, mas não mudamos tanto assim.
Dia 22/03 - Dia Mundial da Água |
segunda-feira, 17 de março de 2014
Vida de Aluno Itinerante
sábado, 15 de março de 2014
Inauguração no Blog
Já que o importante em saber História é conhecer as realizações humanas, proponho um olhar atento sobre isso. Criança sabe das coisas!
Inauguro aqui a Série "Transformações e Permanências"*, onde vou tentar descrever o que vivo, vejo, aprendo e penso sobre as coisas nas escolas, cidades e regiões do Brasil por onde passamos, de acordo com a linha do tempo.
Claro que minha mãe vai dar um apoio, e quando for preciso darei espaço pra ela comentar.
Têm algumas coisas que acontecem que ainda não entendo, mas que acontecem...
Então, nessa inauguração, nada melhor do que falar sobre a primeira cidade do nosso roteiro e sobre a primeira escola que estudei, a Escola Estadual José Cristiano Alves, em São Thomé das Letras, no sul de Minas Gerais.
São Thomé faz parte da Estrada Real.
Será que já existia no século XVIII?
São Thomé seria um caminho ou um descaminho?
Vamos conhecer!
Vamos saber o que mudou e o que não mudou desde a sua fundação.
E vamos saber como a escola trata das questões locais e regionais nas disciplinas obrigatórias do 6˚ Ano e também dos alunos itinerantes.
Não percam!
(*) Termos retirados do livro didático fornecido gratuitamente pela escola:
"Vontade de Saber História" - Marco Pellegrini, Adriana Dias e Keila Grinberg.
Inauguro aqui a Série "Transformações e Permanências"*, onde vou tentar descrever o que vivo, vejo, aprendo e penso sobre as coisas nas escolas, cidades e regiões do Brasil por onde passamos, de acordo com a linha do tempo.
Claro que minha mãe vai dar um apoio, e quando for preciso darei espaço pra ela comentar.
Têm algumas coisas que acontecem que ainda não entendo, mas que acontecem...
Então, nessa inauguração, nada melhor do que falar sobre a primeira cidade do nosso roteiro e sobre a primeira escola que estudei, a Escola Estadual José Cristiano Alves, em São Thomé das Letras, no sul de Minas Gerais.
São Thomé faz parte da Estrada Real.
Será que já existia no século XVIII?
São Thomé seria um caminho ou um descaminho?
Vamos conhecer!
Vamos saber o que mudou e o que não mudou desde a sua fundação.
E vamos saber como a escola trata das questões locais e regionais nas disciplinas obrigatórias do 6˚ Ano e também dos alunos itinerantes.
Não percam!
(*) Termos retirados do livro didático fornecido gratuitamente pela escola:
"Vontade de Saber História" - Marco Pellegrini, Adriana Dias e Keila Grinberg.
Caminhos e Descaminhos
Falando em História, no 6˚ Ano não vamos ver Brasil, vamos estudar das Origens do Homem até a Roma Antiga, mas viajando pelo país vou aprender muito sobre o que se passou (e se passa) por aqui.
Nosso caminho passa pela Estrada Real.
Descobri que no fim do Século XVII e durante todo o século XVIII o Brasil foi mais ou menos como o centro do mundo. Daqui tiraram tanto ouro e tanta pedra preciosa que deu pra financiar Portugal e pagar suas dívidas por um bom tempo, além de contribuir (e muito) para o desenvolvimento da Inglaterra.
Éramos uma Colônia e por isso o rei de Portugal levava tudo que havia no solo e no subsolo do seu rico território, utilizando escravos africanos e índios pra fazer o serviço pesado. O serviço sujo não, acho que ele mesmo fazia. Muita coisa aconteceu nesse cenário, e vamos tratar disso aqui no Blog. Mas, adianto, a coisa foi feia!
Eu já suspeitava o que era injustiça, e já sabia da violência que passa na televisão, mas nunca imaginei o tamanho disso tudo em um tempo que não existia esse tipo de comunicação. Tudo era feito através de caminhos abertos pela mata, subindo montanhas, atravessando rios, a pé ou em mulas e cavalos, num tempo que mudou a nossa História enquanto o mundo também mudava.
Esses caminhos formaram a Estrada Real.
São eles o Caminho Velho, o Caminho Novo e o Caminho dos Diamantes.
Estes são os oficiais, quer dizer, aqueles abertos por Portugal pra levar nossa riqueza embora.
Mas haviam outros, os chamados descaminhos, por onde acontecia de tudo.
São os preferidos da minha mãe!
E ela diz que muitas vezes o que se passava por esses "caminhos proibidos" revelam mais da nossa História do que contam os nossos livros. Por que será?
Vou descobrir e contar aqui no Blog.
Acho que vou perceber, entrando em tanta gruta e caverna, que apesar do Brasil ter sido descoberto só em 1500, o Homem e os seus pés já passavam por aqui muito tempo antes. E assim, pense comigo, a História é uma só, apesar de ser dividida na escola, e não existe coisa que não esteja ligada uma com a outra.
Acho que a vida é um tesouro precioso, e viver é a melhor forma de aprender.
Para saber mais sobre a Estrada Real:
www.institutoestradareal.com.br
Nosso caminho passa pela Estrada Real.
Descobri que no fim do Século XVII e durante todo o século XVIII o Brasil foi mais ou menos como o centro do mundo. Daqui tiraram tanto ouro e tanta pedra preciosa que deu pra financiar Portugal e pagar suas dívidas por um bom tempo, além de contribuir (e muito) para o desenvolvimento da Inglaterra.
Éramos uma Colônia e por isso o rei de Portugal levava tudo que havia no solo e no subsolo do seu rico território, utilizando escravos africanos e índios pra fazer o serviço pesado. O serviço sujo não, acho que ele mesmo fazia. Muita coisa aconteceu nesse cenário, e vamos tratar disso aqui no Blog. Mas, adianto, a coisa foi feia!
Eu já suspeitava o que era injustiça, e já sabia da violência que passa na televisão, mas nunca imaginei o tamanho disso tudo em um tempo que não existia esse tipo de comunicação. Tudo era feito através de caminhos abertos pela mata, subindo montanhas, atravessando rios, a pé ou em mulas e cavalos, num tempo que mudou a nossa História enquanto o mundo também mudava.
Esses caminhos formaram a Estrada Real.
São eles o Caminho Velho, o Caminho Novo e o Caminho dos Diamantes.
Estes são os oficiais, quer dizer, aqueles abertos por Portugal pra levar nossa riqueza embora.
Mas haviam outros, os chamados descaminhos, por onde acontecia de tudo.
São os preferidos da minha mãe!
E ela diz que muitas vezes o que se passava por esses "caminhos proibidos" revelam mais da nossa História do que contam os nossos livros. Por que será?
Vou descobrir e contar aqui no Blog.
Acho que vou perceber, entrando em tanta gruta e caverna, que apesar do Brasil ter sido descoberto só em 1500, o Homem e os seus pés já passavam por aqui muito tempo antes. E assim, pense comigo, a História é uma só, apesar de ser dividida na escola, e não existe coisa que não esteja ligada uma com a outra.
Acho que a vida é um tesouro precioso, e viver é a melhor forma de aprender.
Para saber mais sobre a Estrada Real:
www.institutoestradareal.com.br
terça-feira, 11 de março de 2014
Eu Não Sabia
Oi galera, as aulas começaram em 03/02 em STL e muita coisa no 6˚ Ano é diferente.
A primeira é o fato de ter um professor pra cada matéria... Além do trabalhão que dá carregar livros e cadernos pra lá e pra cá, precisei me dedicar sobre a importância e o motivo de estudar cada uma delas.
Por acaso vocês gostam de História?
Confesso, não gosto muito!
Eu não sabia que é nesse estudo que conhecemos melhor as ações humanas no tempo e no espaço.
Eu não sabia nada sobre "realizações humanas", "transformações sociais" e "permanências".
Não sabia que somos nós, seres humanos, os únicos responsáveis pelo que acontece, seja comigo, com você ou com o Mundo. Será que somos?
Pois então, conhecer a História é muito importante pra tentar fazer melhor (pra mim, pra você e pro Mundo).
Acho que sem esse conhecimento nada mudaria, ou nada vai mudar, na vida dos seres humanos.
Será que entendi bem? Será que vou mudar de ideia? Será que vou gostar mais dessa matéria?
Minas Gerais parece ser o lugar certo pra pensar sobre isso!
Acho que estudando História muitas perguntas podem evoluir ou até mesmo sumir.
BJK's.
A primeira é o fato de ter um professor pra cada matéria... Além do trabalhão que dá carregar livros e cadernos pra lá e pra cá, precisei me dedicar sobre a importância e o motivo de estudar cada uma delas.
Por acaso vocês gostam de História?
Confesso, não gosto muito!
Eu não sabia que é nesse estudo que conhecemos melhor as ações humanas no tempo e no espaço.
Eu não sabia nada sobre "realizações humanas", "transformações sociais" e "permanências".
Não sabia que somos nós, seres humanos, os únicos responsáveis pelo que acontece, seja comigo, com você ou com o Mundo. Será que somos?
Pois então, conhecer a História é muito importante pra tentar fazer melhor (pra mim, pra você e pro Mundo).
Acho que sem esse conhecimento nada mudaria, ou nada vai mudar, na vida dos seres humanos.
Será que entendi bem? Será que vou mudar de ideia? Será que vou gostar mais dessa matéria?
Minas Gerais parece ser o lugar certo pra pensar sobre isso!
Acho que estudando História muitas perguntas podem evoluir ou até mesmo sumir.
BJK's.
sexta-feira, 7 de março de 2014
Aviso aos Navegantes
Desse ponto em diante vou falar da viagem.
Junto com a viagem vamos tratar dos artigos da LDB 9394/96 e da Resolução N˚ 3, 16/05/2012.
Vamos tratar porque preciso disso pra garantir acesso à escola enquanto viajo, e preciso disso também porque já encontramos muita gente sem informação (e sem vontade), o que atrapalha bastante o meu caminho.
Deixamos São Paulo em 06/01/2014, com destino ao Estado de Minas Gerais.
Existe uma porção de motivos pra ser este o nosso ponto de partida, também vamos falar muito sobre isso, mas um deles já adianto: Minas é um Estado com alma itinerante.
Por esses morros e montanhas já circularam as maiores riquezas do mundo, em ouro e pedras preciosas, e ainda circula muita coisa (e de muito valor) por esses Caminhos. Vamos mergulhar nos rios e ribeirões dessas terras, entrar em um conjunto surpreendente de grutas e cavernas e tomar muito banho de cachoeira, além de conhecer as plantas, animais, histórias e curiosidades dos lugares por onde passamos e das pessoas que conhecemos.
Ah, gente, e que comida boa!!!
Então já são dois meses de estrada, e um mês de aula, será que tenho assunto?
Alguém adivinha qual foi a primeira cidade escolhida?
Alguém aí se arrisca?
Garanto que vocês vão adorar!!!
Junto com a viagem vamos tratar dos artigos da LDB 9394/96 e da Resolução N˚ 3, 16/05/2012.
Vamos tratar porque preciso disso pra garantir acesso à escola enquanto viajo, e preciso disso também porque já encontramos muita gente sem informação (e sem vontade), o que atrapalha bastante o meu caminho.
Deixamos São Paulo em 06/01/2014, com destino ao Estado de Minas Gerais.
Existe uma porção de motivos pra ser este o nosso ponto de partida, também vamos falar muito sobre isso, mas um deles já adianto: Minas é um Estado com alma itinerante.
Por esses morros e montanhas já circularam as maiores riquezas do mundo, em ouro e pedras preciosas, e ainda circula muita coisa (e de muito valor) por esses Caminhos. Vamos mergulhar nos rios e ribeirões dessas terras, entrar em um conjunto surpreendente de grutas e cavernas e tomar muito banho de cachoeira, além de conhecer as plantas, animais, histórias e curiosidades dos lugares por onde passamos e das pessoas que conhecemos.
Ah, gente, e que comida boa!!!
Então já são dois meses de estrada, e um mês de aula, será que tenho assunto?
Alguém adivinha qual foi a primeira cidade escolhida?
Alguém aí se arrisca?
Garanto que vocês vão adorar!!!
quinta-feira, 6 de março de 2014
O que é LDB?
Uma coisa é certa, falar mal dos governos, das escolas e dos professores qualquer um sabe (eu já sei!), mas e ir atrás de informação pra saber onde tudo de certo e de errado começa, quem vai?
(Quase) todo mundo que acessa a Internet está ou já passou pela escola, com sorte ainda sabe um pouco de cada disciplina, mas alguém aí que me acompanha sabe o que é "LDB"?
Já ouviu falar?
"Tá" ou não interessado em saber?
Será que serve pra alguma coisa esse negócio?
Será que faz diferença na minha ou na sua vida?
Hum, não sei não.
Quem sabe?
Quem quer saber?
LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(Quase) todo mundo que acessa a Internet está ou já passou pela escola, com sorte ainda sabe um pouco de cada disciplina, mas alguém aí que me acompanha sabe o que é "LDB"?
Já ouviu falar?
"Tá" ou não interessado em saber?
Será que serve pra alguma coisa esse negócio?
Será que faz diferença na minha ou na sua vida?
Hum, não sei não.
Quem sabe?
Quem quer saber?
LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação
segunda-feira, 3 de março de 2014
Resolução N˚ 3, 16/05/2012
Agora vocês já sabem, e eu também.
Faz parte do exercício da cidadania o conhecimento das Leis e da Legislação.
Faz parte também o acesso à informação.
Diversidade é coisa séria!
Faz parte do exercício da cidadania o conhecimento das Leis e da Legislação.
Faz parte também o acesso à informação.
Diversidade é coisa séria!
Ministério da Educação
Conselho Nacional de Educação
Câmara de Educação Básica
Resolução N˚ 3, de 16 de maio de 2012
Define diretrizes para o atendimento de educação
escolar para populações em situação de itinerância.
O Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, no uso de suas atribuições legais, e de conformidade com o disposto na alínea “c” do § 1º do art. 9º da Lei nº 4.024/61, com a redação dada pela Lei nº 9.131/95, e com fundamento no Parecer CNE/CEB nº 14/2011, homologado por Despacho do Senhor Ministro de Estado da Educação, publicado no DOU de 10 de maio de 2012,
Considerando o que dispõe a Constituição Federal de 1988; a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96); o Plano Nacional de Direitos Humanos de 2006; o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90); a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho sobre Povos Indígenas e Tribais, promulgada no Brasil, por meio do Decreto nº 5.051, de 19 de abril de 2004; o Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002) e a Convenção sobre os Direitos da Criança, ratificada pelo Brasil por meio do Decreto nº 99.710, de 21 de novembro de 1990;
RESOLVE:
Art. 1º As crianças, adolescentes e jovens em situação de itinerância deverão ter garantido o direito à matrícula em escola pública, gratuita, com qualidade social e que garanta a liberdade de consciência e de crença.
Parágrafo único. São considerados crianças, adolescentes e jovens em situação de itinerância aquelas pertencentes a grupos sociais que vivem em tal condição por motivos culturais, políticos, econômicos, de saúde, tais como ciganos, indígenas, povos nômades, trabalhadores itinerantes, acampados, circenses, artistas e/ou trabalhadores de parques de diversão, de teatro mambembe, dentre outros.
Veja o texto na íntegra:
Ministério Público do Estado de São Paulo
Galera, minha mãe virou bicho... Nessa altura ela já sabia de todos os direitos de uma criança, de um jovem, de um adulto, de um idoso e até de um morto se quisesse continuar estudando...
Ela descobriu um Grupo de Atuação Especial de Educação do Ministério Público, e entrou com uma representação, avisando o Promotor de Justiça sobre o péssimo atendimento que estava recebendo dos representantes da Secretaria, colocando em risco o planejamento da viagem, o trabalho dela e o meu ano letivo (2014).
Então veio o esclarecimento, havia mesmo uma lei específica, o que ainda não existe é uma "norma específica que discipline o atendimento dos estudantes em situação de itinerância no Estado de São Paulo, a despeito da Resolução nº 3/2012 do Conselho Nacional de Educação."
Será que é só no Estado de São Paulo? Será que é assim no Brasil todo?
Pra fazer esse "post", minha mãe me explicou o que é "norma" e o que isso significa aqui nesse caso. Pode uma coisa dessas? Então é assim que fazem as leis? Alguém escreve o texto e depois fica cada um com os seus problemas?
Que decepção!
A boa notícia é que o Ministério Público, através do GEDUC, se prontificou a iniciar um "procedimento para apurar a ausência de normas que regulem a matéria no Estado de São Paulo, zelando pelo pleno e adequado atendimento de todos os estudantes em situação de itinerância."
Ufa, que alívio!!
Nossa experiência já está servindo para os outros.
Daqui um ano, quando voltarmos, vamos conferir o resultado desse trabalho.
Obrigado, GEDUC!
Ela descobriu um Grupo de Atuação Especial de Educação do Ministério Público, e entrou com uma representação, avisando o Promotor de Justiça sobre o péssimo atendimento que estava recebendo dos representantes da Secretaria, colocando em risco o planejamento da viagem, o trabalho dela e o meu ano letivo (2014).
Então veio o esclarecimento, havia mesmo uma lei específica, o que ainda não existe é uma "norma específica que discipline o atendimento dos estudantes em situação de itinerância no Estado de São Paulo, a despeito da Resolução nº 3/2012 do Conselho Nacional de Educação."
Será que é só no Estado de São Paulo? Será que é assim no Brasil todo?
Pra fazer esse "post", minha mãe me explicou o que é "norma" e o que isso significa aqui nesse caso. Pode uma coisa dessas? Então é assim que fazem as leis? Alguém escreve o texto e depois fica cada um com os seus problemas?
Que decepção!
A boa notícia é que o Ministério Público, através do GEDUC, se prontificou a iniciar um "procedimento para apurar a ausência de normas que regulem a matéria no Estado de São Paulo, zelando pelo pleno e adequado atendimento de todos os estudantes em situação de itinerância."
Ufa, que alívio!!
Nossa experiência já está servindo para os outros.
Daqui um ano, quando voltarmos, vamos conferir o resultado desse trabalho.
Obrigado, GEDUC!
Secretaria de Estado da Educação
Pouca gente sabe!
Pelo jeito muita gente que deveria saber, também não sabe.
Então, vamos lá, essa parte fica por conta de um mundo adulto que eu preferia deixar pra depois, mas que me comprometi a aprender pra escrever nesse blog.
Pra descobrir como me levar na viagem sem perder o ano, minha mãe procurou em primeiro lugar a Secretaria do Estado de São Paulo (Praça da República, 53), mas parece que não deu nada certo, porque ela mesma teve que pesquisar na Internet como que crianças nesta situação estudam.
Foram seis atendimentos (pessoalmente, por telefone e por e-mail), pra conseguir no final apenas o texto da "legislação pertinente", como eles disseram. Mas o texto minha mãe tinha conseguido sozinha, o que ela precisava era saber como tudo funcionaria na prática, e de orientações sobre frequência, grade curricular, avaliações, documentação e etc...
Teve uma supervisora* que chegou a dizer que não tinha jeito, que a responsabilidade da criança na escola era dos pais, que não tinha lei nenhuma que garantisse esse direito na minha idade, e que seria preciso recorrer à Justiça pra conseguir viajar e me fazer estudar ao mesmo tempo.
(*) Supervisora do Sistema Integrado de Atendimento ao Usuário
Diretoria: Centro
Teve uma funcionária da Secretaria(**) que, através do atendimento pelo telefone, ficou de enviar "respostas" sobre essas dúvidas por e-mail, mas que até hoje não veio.
(**) Funcionária do Centro de Vida Escolar
Que coisa feia!
Pelo jeito muita gente que deveria saber, também não sabe.
Então, vamos lá, essa parte fica por conta de um mundo adulto que eu preferia deixar pra depois, mas que me comprometi a aprender pra escrever nesse blog.
Pra descobrir como me levar na viagem sem perder o ano, minha mãe procurou em primeiro lugar a Secretaria do Estado de São Paulo (Praça da República, 53), mas parece que não deu nada certo, porque ela mesma teve que pesquisar na Internet como que crianças nesta situação estudam.
Foram seis atendimentos (pessoalmente, por telefone e por e-mail), pra conseguir no final apenas o texto da "legislação pertinente", como eles disseram. Mas o texto minha mãe tinha conseguido sozinha, o que ela precisava era saber como tudo funcionaria na prática, e de orientações sobre frequência, grade curricular, avaliações, documentação e etc...
Teve uma supervisora* que chegou a dizer que não tinha jeito, que a responsabilidade da criança na escola era dos pais, que não tinha lei nenhuma que garantisse esse direito na minha idade, e que seria preciso recorrer à Justiça pra conseguir viajar e me fazer estudar ao mesmo tempo.
(*) Supervisora do Sistema Integrado de Atendimento ao Usuário
Diretoria: Centro
Teve uma funcionária da Secretaria(**) que, através do atendimento pelo telefone, ficou de enviar "respostas" sobre essas dúvidas por e-mail, mas que até hoje não veio.
(**) Funcionária do Centro de Vida Escolar
Que coisa feia!
Legislação
Pessoal, parece que a solução do enigma passa por um negócio chamado "Legislação".
O que entendi sobre isso até agora é que de nada adianta querer fazer isso ou aquilo, se a coisa toda não estiver dentro da Lei. Ainda não sei quem faz ou como as leis são feitas. Mas será que pensaram nas crianças que viajam com os pais enquanto eles trabalham? Será que existe uma legislação pra quem é ou faz alguma coisa diferente?
Alguém sabe de uma história assim?
Alguém já ouviu falar sobre o assunto?
Alguém passou ou conhece alguém que passou por essa experiência?
Será que existe muita criança nesta situação?
Ei, "tá" certo que é Carnaval, mas têm alguém aí?
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