sexta-feira, 18 de julho de 2014

Capivari: Uma Experiência Emocionante

Esse post deveria se chamar "Volta às Aulas".
Afinal, o semestre já começou e a primeira semana já aconteceu.
Mas, ao contrário da maioria, a minha experiência de aprendizado foi outra.

Estava em Capivari, região do Serro, Alto Jequitinhonha (MG).
É neste lugar que se localiza o Pico do Itambé, um dos pontos mais altos da Serra do Espinhaço.

Mas antes de falar dessa maravilha da natureza, quero falar da maravilha de pessoas desse lugar.

Em Capivari não existe pousada nem restaurante, e a forma de ficarmos no Distrito é nos hospedando no chamado "Receptivo Familiar". Que na verdade se resume em diárias com "quarto e café" e a encomenda das refeições.

Eu nunca tinha passado por essa experiência, ficar dentro da casa de pessoas que não conhecia.
Misturando meus hábitos e costumes de cidade grande com os hábitos e costumes do interior.
Mas foi a coisa mais deliciosa que experimentei nessa viagem.

Chegamos no domingo e já na porta conheci Taciane (10), Tais (15) e Tatiele (13).

Nos hospedamos na casa delas, e logo a mãe (Maria) veio nos preparar o almoço e mais tarde conhecemos o pai (Genézio). Adoramos a comida feita no fogão à lenha, que se tornou o ponto de encontro da casa simples, mas muito acolhedora.

Na segunda-feira as aulas começaram e todas foram à escola bem cedinho.
Eu fiquei esperando ansiosa pra brincar, porque já havia conquistado três grandes amigas.

Enquanto minha mãe realizava o trabalho dela, subindo e descendo a serra em longas caminhadas.
Eu brinquei, conversei e dei risada até não poder mais.
Não tinha celular nem internet, mas tinha cachorro, gato, coelho, galinha, pintinho e gente de qualidade.

Pena Capivari não ter escola depois do quarto ano, senão eu mesma queria estudar lá.
As mais velhas seguiam com ônibus escolar pra Milho Verde, e como ficaríamos poucos dias, decidimos que não faria a escola neste período.

Então, nessa primeira semana, eu aprendi (de novo) o valor de uma amizade pura e verdadeira.
Aprendi a me adaptar (e gostar) de me misturar com outros ambientes, culturas e pessoas.
Aprendi que mais importante que ter uma boa escola, é ter mesmo uma boa família.

E por mim eu não ficava mais em pousada.
Experiência incrível.

Obrigado, família Cunha.
Saudades!!!

Taciane, Tais, Tatiele, Adrielly e Bruna.


















Na bagagem, a cidadania.

3 comentários:

  1. Que delicia Bruna!
    Nada como brincar e conversar sem as interrupções do mundo moderno...
    Fico feliz por essa experiência fazer bem pra você e pra Cris :)
    Gros bisous ma chérie
    :)

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  2. Oi Flavinha, tenho mantido contato com meus colegas do Sion em São Paulo, usando mesmo a tecnologia... Por isso escrevi esses dois últimos posts me referindo a essa diferença. De que adianta ter um montão de aparelhos, aplicativos e toda a inteligência humana trabalhando pra você se comunicar se, às vezes, o que chega do outro lado é só porcaria.

    Ainda bem que ainda tenho lá amigos que valem à pena, mas a grande maioria que fica no Instagram, no Facebook, no WhatsApp, ou em qualquer outra rede compartilhando seus selfies horrendos o dia inteiro, são os mesmos que só falam m* desde sempre.

    Beijos pra família linda.
    Bruna.




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  3. Se já aprendeu a identificar, selecionar e escolher os amigos, o meu papel de mãe e educadora já foi bem sucedido... Não há nada pior, sobretudo neste fase da vida, do que não saber diferenciar a boa e a má amizade. É nesse detalhe que mora um grande perigo.

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