A última cidade em que estudarei pelo Estado, provavelmente, será a maravilhosa Diamantina, que conheci no ano passado nas férias de julho e hoje, um ano depois, sou aluna em uma das cidades históricas que mais gosto. Aliás, quem não conhece o norte de Minas não sabe nada sobre Minas.
Aquele bom e velho "frio na barriga" tomou lugar nos últimos dias. Quem pensa que tô acostumada com essa constante mudança de escola, tá muito enganado. Enganado mesmo! Cada início é um desafio, interno e externo, que começa com o medo de não ser bem recebida e vai até o momento muitas vezes triste de deixar o que foi conquistado.
Minha mãe fez uma caminhada que levou o dia inteiro até o Pico do Itambé, em Capivari.
São 2.052 m pra se chegar até lá em cima, fora os muitos quilômetros de estrada de chão e trilhas no meio do Cerrado. É um gigante do Espinhaço, cheio de história, que foi ponto de referência pra índios, bandeirantes, escravos fugidos, tropeiros, garimpeiros, naturalistas, pesquisadores, aventureiros e um sem fim de nômades e viajantes desde a pré-história, durante o ciclo do ouro e do diamante e até hoje.
Somos, eu e ela, também nômades e viajantes, e também buscamos por referências no caminho.
Quando voltou suas pernas doíam e os seus olhos brilhavam.
Acho que o Pico foi um desafio, interno e externo, pra ela. Acho que, naquele dia, em meio a pesada cerração e a chuva muito fina, enfrentar o Itambé tenha dado um belo "frio na barriga". Talvez, naquele dia, além das belas imagens que capturou em sua câmera, minha mãe tenha deixado um pouco dela por lá.
Eu também deixo um pouco de mim pelas escolas que passo e nas amizades que faço.
Acho que a conquista do Conhecimento é como a conquista de um Pico bem alto,
de onde se vê tudo,
por todos os lados.
Tudo que os olhos do corpo e os olhos da alma conseguem alcançar.
Pico do Itambé - Capivari - MG |
Nesse momento, aqui, com você, dos meus olhos escorreram lágrimas.
ResponderExcluirÉ o encontro do corpo, com a alma.
Lindo o seu post. Parabéns!