sábado, 26 de abril de 2014

Fim 1˚ Bimestre

Quase tudo que aprendi durante este período estava fora da sala de aula da Escola Estadual José Cristiano Alves. Estava nas ruas da cidade, dentro das grutas, nos paredões de pedra, no curso dos rios, nas trilhas, nas cachoeiras, nas conversas que acompanhei enquanto minha mãe fazia o seu trabalho de pesquisa.

Também aprendi estudando na pousada aquilo que a escola deixou de ensinar, e visitando outras cidades da região enquanto o bimestre acontecia. Trabalhamos em dobro, porque o tempo todo tínhamos que confrontar a grade curricular obrigatória, o programa do Colégio Sion em São Paulo (para o qual volto em 2015), as lacunas da José Cristiano Alves e a falta de interesse sobre a minha condição de itinerância da direção e dos professores da escola. Aliás, a falta de interesse é geral.

Então seguimos viagem, e o que ficou foi a saudade que sinto dos amigos que conquistei e a certeza de que a escola de São Thomé das Letras nada acrescentou ao meu caminho. Na verdade até acrescentou, saber que esse tipo de escola não vale à pena.

Acho que o futuro dos meus amigos está assim: prejudicado.


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